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segunda-feira, 21 de março de 2011

do fingimento



_É tudo fingimento, mentira pura. Converso com pessoas por quem não sinto interesse algum simplesmente porque aprendi em casa um mínimo de educação, sorrio sem a menor vontade, exerço uma simpatia que sequer me pertence.
_Duvido que você finja desse tanto, até porque você se apresenta mal humorada às vezes e deixa isso bem claro.
_Bom...  Se você soubesse como me sinto mal nesse momento e tô aqui lutando pra manter a imagem de pessoa inteira, equilibrada e sorridente que as pessoas esperam de mim - e eu mesma sinto necessidade de manter pra não me desmanchar de vez - ficaria surpreso. Pode acreditar: a máscara existe em situações sociais, principalmente no trabalho. É mais uma questão de delicadeza, ninguém tem nada a ver com qualquer que seja o meu estado de espírito. Só é complicado quando há um convívio muito próximo, aí é foda. Mas relaxa, não tô fingindo nada agora.




Só a vontade de continuar respirando.

8 comentários:

Letícia disse...

Olha, talvez você não saiba disfarçar assim tão bem, ao menos não pra nós que temos o privilégio de acessar as congeminações. E já vem acontecendo há tempo suficiente pra eu estar preocupada contigo. :(
Já sabe que se precisar se abrir além das entrelinhas, estou à disposição... Mesmo que eu possivelmente não tenha grandes conselhos a dar, às vezes faz bem se abrir, eu acho.

Beijo, fica bem.

Anafla disse...

Bom,
eu sou super defensora da ideia de que essas máscaras sociais existem muito mais do que as pessoas ao nosso redor imaginam. As próprias vivem de máscaras e não admitem. Não sei bem quanto à sua situação atual, mas né? hoje em dia quem não passa por uma dessas fases de nunca mais querer socializar com gente que a gente não gosta/não tem interesse/ não aguenta. Aquela vontade de só ficar quieta em casa, sozinha, debaixo de coberta assistindo qq série ou filme? E a gente é obrigada a fingir sorriso e as pessoas acham que tudo está bem. a vida é difícil...difícil.

por sinal, como disse Letícia aí em cima: precisando, estoy aquí!

e escutei 'o velho e o moço' o dia inteiro (intercalando com 'conversa de botas batidas')...saudade que eu tava de Los Hermanos.

Beijos!!

Fabi disse...

Sou doente por gostar ainda mais de você ao ler coisas assim? Não tenho culpa se me reconheço o tempo todo.

nina percheron disse...

se a fabi é doente. eu também sou.

ai mayra. que que eu vou dizer? to aqui, pensando e pensando em um jeito de escrever basicamente tudo isso que vc disse e mais um pouco de uma maneira que não deixe o texto triste, chato e tedioso e não consigo. mais uma vez acabo deixando de escrever por que não quero passar tanta angústia pra quem quer que seja que vá ler.
ninguém precisa disso. já basta eu.

mas eu adoro ler tudo o que vc escreve. um beijo. =*

@sourainha disse...

eu finjo demais. talvez até mais que o necessário. simulo porque é mais fácil assim, mais agradável e tranquilo. mas se eu cismar de falar umas poucas e boas ou estiver azeda... sai de baixo, ninguém será poupado.

Mofos disse...

(...) – bem, como vai você? levo assim, calado
de lado do que sonhei um dia
como se a alegria recolhesse a mão
pra não me alcançar

poderia até pensar que foi tudo sonho
ponho meu sapato novo e vou passear
sozinho, como der, eu vou até a beira
besteira qualquer nem choro mais
só levo a saudade morena
e é tudo que vale a pena


...as vezes é mais fácil chorar...

Giu disse...

Venho por meio deste me informar que finalmente me atualizei no Conge. \o/ Prometo ser uma leitora mais presente agora. E até o final da semana vou fazer o meme lá no meu blog! =***

Ju Dacoregio Paperback Writer Girl disse...

A gente pode ser mal-humorada, a gente pode ser séria, a gente pode rir alto, a gente pode ir à balada de chinelo e ao supermercado de salto, a gente pode resmungar, a gente pode rir em alto e bom som... A gente pode. Mas a gente se tortura dizendo que não muito mais vezes do que o necessário