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domingo, 6 de dezembro de 2009

de se fazer escondidinho


Prometi, prometi e quase um mês depois solto a receita do infame escondidinho que rolou na casa do Fellipe, lá na cidade grande.

É feito assim, ó:

Você viaja até São Paulo [se já estiver na cidade, beleza, não precisa se deslocar], conhece o Toni e revê o Fellipe. Sai pra andar na cidade, se cansa e na volta passa no supermercado de sua preferência [passamos no Pão de Açúcar, mas só porque foi mês passado. Se fosse hoje, poderíamos ter comprado nas Casas Bahia] e adquire os seguintes ingredientes:

_Uma abóbora média -a da casca verde, stalingrado?
_Um saco de batatas [=D];
_Tomates bem maduros;
_500 g de charque [eu tô chutando esse peso. Compramos dois pacotinhos. Eram de peça traseira, que tem menos gordura];
_Cebola;
_Alho;
_Leite [pode-se usar um pouco de leite de coco junto. Funciona MUITO bem];
_Cheiro verde picadinho;
_Requeijão cremoso;
_Queijo. Muito queijo.

Primeira coisa: demolhe a carne. Se você tem tempo, deixe-a de molho de um dia para o outro, trocando a água de vez em quando. Se não, jogue-a na panela de pressão com bastante água e deixe cozinhar até a carne começar a desmanchar em fiapinhos, saca?

Feito isso, prepare purês -separados!- com a abóbora e as batatas. Aqui é a gosto do freguês. Eu costumo cozinhar os vegetais com casca [por preguiça de descascar antes pra manter os nutrientes etc etc - a água restante dá uma boa sopa depois]. Numa panela grande, faço um refogado de cebola e alho com manteiga ou margarina e jogo a pasta de abóbora, ou batata, que eu previamente pedi pra alguém amassar por mim, que meus punhos podres não me permitem tal esforço, mexo, mexo, mexo, mexo. Sal pra alegrar e, se o purê for de batata, um cubinho de caldo de carne ou frango. Nessa hora, a depender do acompanhamento do purê, uso leite de coco ou leite de vaca [camarão e purê feito com leite de coco formam um casal lindo]. A textura é a que você achar que tem que ser. Mas lembre-se de que vai uma camada de carne e outra camada de purê por cima, então não pode ficar muito ralo.


Agora, a carne:
Corte a carne em pedaços pequenos ou, se estiver bem cozida, desfie. Não precisa ser nazista e deixar a carne minúscula. Numa panela já estão interagindo óleo -ou manteiga-, bastante cebola e um pouco de alho. Jogue a carne lá dentro e deixe refogar também. Acrescente tomates picadinhos [sou absolutamente contra tirar pele e semente de tomates. Acho desperdício e não se ganha nada, na maioria das vezes] e deixe todo mundo ficar amigo lá dentro. Prove o tempero. Provavelmente não precisará de sal. Acrescente bastante cheiro verde e pimentinha calabresa [ou a que você gostar. Eu gosto de calabresa]. Deixe no fogo tempo suficiente pro tomate cozinhar e formar aquele molhinho grosso, lindo, cheiroso e necessário à vida de todos nós, além de não permitir que nossos rapazes tenham câncer de próstata. Depois que o molho deixar a casa cheirando, jogue requeijão cremoso por cima e misture tudo. Acredite em mim: fica bom.

Se tudo correu normalmente, você deve ter isso em cima do fogão:

bonito e colorido assim



Escolha qual dos purês vai por baixo e faça uma linda cama em travessa, panela, prato, vasilha que possa ir ao forno depois e que tenha altura suficiente pra toda a comida que vai lá dentro. Esse foi feito na panela elétrica - ai, que inveja! Sempre coloco o de abóbora primeiro, acho que é porque estou apaixonada por purê de abóbora e a surpresa de vê-lo por baixo do purê de batatas é deliciosa. Ainda que eu mesma tenha feito o prato e tals.

Faça camadas: purê 1, carne...

Um em cima do outro


... purê 2 e queijo. Muito queijo. Eu fui gentil com o queijo branco - já que me esqueci de comprar mussarela - e coloquei o suficiente pra cada um ter sua porção, mas geralmente sou um animal com queijo e coloco muito. Muito, mesmo. Aliás, geralmente uso musssarela e queijo minas ralado. Evito o parmesão porque o prato já tende a ficar um pouo salgado por si só.

Prato montado, leve ao forno pra derreter o queijo e chame a patota que se for gente boa, de verdade, estará na cozinha, ao seu lado, auxiliando no que voê precisar! pra saborear essa delícia mineiro-nordestina do nosso Brasil.

com queijinho a caminho do derretimento, pá!



Come-se bebendo sprite geladíssima, especialmente porque estava um calor sub saariano. Mas houve quem preferisse cerveja.



Na próxima edição da cozinha monstr deliciosa da Mayra: a torta de maçã que frequenta meus sonhos desde que eu era criançapequenaláemanáps!




*Durante a feitura desse escondidinho, foi lançado o botão de retweet do twitter. Não foi, gente? =P

**Minha infâmia não me permitiu escolher uma música que não fosse do Smashing Pumpkins. ;)

9 comentários:

Cachorro de 3 pernas disse...

Eu não tenho forno!

Toni Barros disse...

Quero comer isso de novo!
Saudades!
Beijo

Tati disse...

Tá bom que pelo título do post eu achei que ía rolar algo mais perigón mais curti igual! =D Ainda quero fazer compra do mês nas Casas Bahia! Agora vou poder! ahueahuehaeua... Quando estava em SP também fui em um Pão de Açucar, mas era um bem feinho...

Agora, complicado mesmo é ler um post desse bem perto do almoço, como é o meu caso... Vou lá apressar as panelas!

beijos!

Unknown disse...

Caraca... como conseguir um desses? Pra que caixa postal eu escrevo?

Judiou...

seu gordo disse...

ta fraca nao !!! eu faço com mandioca fica muito bom tambem faz um pate com leite em po ai na panela voce vai fazendo as camadas fica divino hummm

Raissa disse...

tudo que é escondidinho é mais gostoso...

Anônimo disse...

tá com uma cara boa, heim? Meu sogro faz um escondidinho do perú também (não confundir com "escondidinho DE perú)

solin disse...

ei Mayra, nada a ver tu manifestar a fome adormecida dos outros ahauhsuhauhsuahus
agora quem vai sonhar com comida sou eu. acho que eu queria a cerva tbm xD

a confiança ali debaixo deixou-me confusa..

=**

tiago araujo disse...

quero ver vc ensinar fazer isso usando apenas a cafeteira.

haha

mas ae, a cara dele ficou lindão!!

eu quero!!

;)