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quarta-feira, 23 de abril de 2008

dos guardados

E no meio de tantas coisas guardadas, havia tempos e tempos, ele encontrou uma caixinha pequenininha, tansparente, com 7 selos não utilizados.
Quando a amava publicamente, comprava cartelas de selos e pedia ao carteiro, todas as manhãs – ou quase todas – que levasse seus envelopes já selados para a central dos correios. Em três dias chegavam às mãos bem quistas.
Contou novamente. Sete selos. Rememorou as cartas não enviadas. Somavam mais que sete.
O fato é que agora não adiantava. Já não as enviaria.
Quando se ama escondido de si mesmo, não se enviam cartas assim.

5 comentários:

carmim disse...

eu não sei quantas cartas eu tenho guardadas aqui não. mas são muitas!

carmim disse...

mayra, você tá me atormentando com esses posts.


rs

.a que congemina disse...

atormente-se não, quérida.
não por mim.
;)

Emiliano Abreu disse...

"I wish I was a messenger and all the news was good"

E às vezes as cartas nem-escritas são as que mais mereciam chegar ao destinatário, né?!

carmim disse...

verdade, emiliano.