Páginas

.
.
.
.
.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

do fim de semana



Hoje eu conversava com uma das meninas com quem divido apartamento e falei qualquer coisa sobre leite em pó.
Ela me olha com uma cara estranha e manda:
_Leite em pó?? Como assim, leite em pó?

Obviamente achei que ela zoava com a minha pobre carinha e já comecei a rir. Ela ficou sem graça e perguntou novamente o que eu queria dizer com leite em pó.

Filhão, dia 29 de Setembro de doismilenove. Uma criatura nascida em 1990, quaaase 1991, me informa que nunca NA VIDA sequer ouviu falar em leite em pó. CORRÃO para as colinas! O mundo está no fim.

.
.
.
No fim de semana algo pouco mais convencional aconteceu: fui ao show do Milton Nascimento e devo dizer: que showzaço! Ele parece aquele tio mineiro que (quase) todo mundo tem, mas com muuuito dom musical. A banda que o acompanhava, ó... fantástica! E a companhia, a mais agradável possível. Quando Brasília me trata assim volto a me apaixonar por ela. (E isso serve como metáfora também.)

Antes disso eu fui, pela primeira vez sozinha, ao Guará. Guará II, mais precisamente. Fiquei feliz quando descobri que poderia voltar diretamente pra casa, sem a irritante escala na rodoviária do Plano. Devo ter esperado uns 10 minutos e o ônibus passou. Tava lá escrito "Porta casa da Mayra. Da mÁyra". Falei "É esse mesmo!" Subi, agradeci ao motorista pela gentileza de parar pra mim, entreguei o dinheiro pro cobrador, agradeci também e fui me sentar à sombra, que eu não tenho mais idade pra ficar torrando no sol.

Agora uma informação importante para o desenrolar da história (?): em Brasília os ônibus costumam fazer trajetos essencialmente retilíneos. Pega o mapa do quadradinho e dá uma olhada. Não há muitas opções.

Voltando...
Uma curva e o sol veio diretinho pra cima de mim. Mudei de lado. Outra curva, sol em mim de novo. Resolvi ficar lá, pra não despertar a atenção dos meus dois companheiros de viagem, ambos atrás de mim, e sabiamente sentados naquelas poltronas do meio, lá no fundo, sabe? Assim que eles desceram, mudei de lado outra vez. Nesse momento o ônibus começa a fazer umas tortices, entrar numas quebradas inalcançáveis pra veículos automotores daquele porte. Eu não tenho o senso de direção mais apurado do mundo, mas aprendi a me localizar aqui, e foi tudo por água abaixo nesse samba de curvas e desvios que o motorista fez. Cheguei a pensar que lá na frente estava escrito que ele iria pra casa de outra pessoa, ou ainda, que buscaria alguém no caminho, mas além de ler o nome e ver o número da linha, confirmei com o motorista. Quinze minutos se passaram e ele ainda fazia curvas fechadas, apostava corrida consigo mesmo e adentrava ruelas nunca dantes vistas por mim. Acredito que tenha se esquecido da única passageira que ainda estava no ônibus. Por sorte entraram mais umas três pessoas quando passamos por um local que ainda não sei identificar e eu só me localizei quando passamos pela Octogonal, mais ou menos 20 minutos depois.

Assim... eu sempre tenho medo de ter pegado o ônibus errado. Sempre.
E dessa vez eu quase pedi pra descer e me encaminhei ao meio fio mais próximo, me preparando pra botar a cabeça entre os joelhos e dormir um pouco, pra ver se a estranheza do dia passava.

O fim de semana fez o estilo tranquilo-mas-cheio-de-coisas-boas, no fim das contas. Crianças me informando de que gostam de "Aquarius FreSK", suuper educação infantil dizendo que eu não precisava retribuir o chocolate que ganhei, ver uma barata sendo morta a duros golpes de lápis sem ponta, dormir bem, conhecer o Água Mineral (depois de 600 anos, eu sei... vergonha), comer um pastel bastante gostoso, pegar duas filas antes das 10 da manhã de domingo e não conseguir o ingresso que eu queria (Ah, é. Isso é ruim...), ficar sem gás no meio da preparação do almoço e ainda conseguir salvar (tá... mais ou menos) a comida - e a coca tava geladíssima, então compensou. Tarde agradável, noite agradável. Matar o fim de semana com hambúrguer caseiro cheeeeio de quejo derretido e salada das mais gostosas.


Pra quem tá bem no meio do "inferno astral" tá bom, né?
=P

7 comentários:

Tati disse...

Tá muito bom sim! E aos poucos melhora! :o)

Orelha ® disse...

AHSUASHAUSHSASAS

Leite em pó a pessoa não sabe o que é?
leite em pó e tão bom com meio quilo de açúcar e seis gotas d'agua. =]

AHSAUSHASUAHSAUSH

acabar o gás e foda e eu sempre fico nervoso em onibus tbm xD

Nathie disse...

mácomoassim, leite em pó é tão dia-a-dia!

E ah, que delícia deve ser o show do Milton Nascimento!

:]

qto à 'Matar o fim de semana com hambúrguer caseiro cheeeeio de quejo derretido e salada das mais gostosas', pode add limão com açucar mascavo que é sucessso, hoho!

Mari Paz disse...

nossa, eu passei a primeira infância a base de leite em pó, até guardava as latas pra brincar!

e ah, obrigada por vcs fazerem parte desse meu final de semama :)

tiago araujo disse...

CORRÃO!!

hahahahahahahahaha

Joyce Pfrimer disse...

q delícia show do milton nascimento!
;)

suas histórias de ônibus estão virando comédia! haha!

Paula disse...

Só por curiosidade: qual ingresso que vc queria msm?Por acaso é para um show? :P