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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

do compartilhamento



Quando acontece uma coisa boa, com quem você divide a notícia?

Algumas coisas a gente divide com todo mundo, ou quase todo mundo: corte de cabelo, mudança de casa,  novidades que a gente compartilha no Twitter, no Facebook, no blog ou sei lá mais onde. Em contraposição existem aquelas notícias que não são jogadas na roda, decisão que pode ser tomada por várias razões, incluindo-se privacidade, medo da galera [aham, há quem tenha] e falta de conhecimento por parte da geral acerca das razões pra aquela ser uma notícia particularmente boa ou ruim.

Era aí que eu queria chegar.

Pelo menos na minha vida as pessoas tendem a participar em âmbitos diferentes, mas algumas - e até hoje não completam os dedos de uma mão - parecem participar ou saber de tudo. Com essas pessoas a conexão é invariavelmente mais forte, não depende da distância e muitas vezes nem mesmo da convivência.
Não consigo imaginar demonstração maior de importância na vida de alguém que ser a primeira pessoa em que se pensa quando se precisa de um ombro, quando uma preocupação pesa na cabeça, quando acontece algo muito sensacional. 
É uma prova de amor? Pode ser, não sei. Mas é prova. E de algo bom, porque eu nunca tive vontade de contar a um desafeto qualquer coisa que me acontecesse. 

Uma das tristezas mais horrorosas que se pode passar é ser obrigado a mudar essa pessoa por força das circunstâncias. Pegar o telefone, discar um número e parar no meio. Escrever um e-mail, se lembrar que não adianta mandar aquilo e largar de mão. O hábito é uma merda [e, vejam bem, rotina não é algo que eu abomine] e a cada vez que se deixa conscientemente de alcançar esse ouvido específico, é quase como se caísse um pedaço do braço. A sorte é que com o tempo isso muda; a gente internaliza novos hábitos e nem percebe mais.
Or so I hope.



__________________ x __________________


A data original deste post é o dia  vinte e seis de julho deste ano e lembro exatamente o que me fez querer escrevê-lo: um tweet que explodiria dentro de mim se não fosse dividido com a pessoa exata.
Enrolei para colocá-lo pra fora e essa semana, precisamente quando eu decidia se escreveria sobre isso ou audiobooks, mandaram este texto na TL. Quase desisti de postar o meu, porque o alheio expressa bem o que sinto a respeito, porém eu sou teimosa. Além do mais, a Rainha me mandou publicar e decretos reais devem ser obedecidos.



I miss you always. Yeah, this is how I feel.