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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

das corridas



Tem uma cena de Peixe Grande que mostra como o tempo anda mais devagar quando uma pessoa conhece o amor da sua vida. E que, no momento seguinte, ele se acelera, pra compensar e voltar tudo ao normal. Sempre a achei bem bacana, poética, bonitinha e recentemente observei que essa dinâmica parece funcionar com várias coisas. Por exemplo: a vida fica num marasmo terrível durante muito, muuuuito tempo, aí ela resolve andar [ou ainda: você troca a pilha do brinquedo], começa a se movimentar, pega velocidadecomeçaairrápidopracaceteBANG! A gente perde o rumo, para, olha, dá aquela coçadinha no queixo, pensa, faz umas contas, olha mais um pouquinho e diz de forma bastante sagaz e articulada: MANO!

Esses momentos podem ser horrorosos, podem ser maravilhosos e podem apenas confundir a cabecinha de quem vive isso, embora qualquer expectador tenha sempre opiniões formadas acerca de todo o contexto. Quem vê de fora sempre tem opinião formada, é spcionante. O caso é que nos momentos de confusão eu... eu... eu fico confusa. E coloco uma música barulhenta pra dançar esquisito e gastar a energia acumulada.

Este é, provável e finalmente, meu último semestre de faculdade. *fogos de artifício* Fui me matricular e quase comecei a dançar na secretaria cheia, lotada, com gente saindo pelo ladrão, quando me dei conta deste delicioso fato. Entre fazer a matrícula e agora, eu voltei a dar aula de inglês, comecei a corrigir umas provas e tenho feito meus bolinhos, biscoitinhos e aulas na faculdade. Além de ter mudado completamente o ritmo, o sol lá fora me deixa exausta, com a cara toda vermelha e me faz beber a quantidade recomendada de água para o dia todo em uma hora e meia.

A vida tá correndo. Tá correndo e eu cheguei atrasada algumas vezes, não quero deixar isso acontecer de novo. Vou ali calçar meus tênis de corrida e já volto.