Páginas

.
.
.
.
.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

das cigarras



Quem já viveu ou esteve em Brasília nesse período de transição seca-chuva (sim, porque aqui nós temos duas estações: molhada e seca) deve ter visto e principalmente ouvido as infames cigarras. Quando eu era uma criança pequenininha no jardim de infância fiz desenhei uma cigarra e, naquela época eu as via assim:



Reprodução fiel do desenho feito no jardim I, na mesma aula em que aprendi que se deve tampar a canetinha hidrocor após o uso, se não, ela seca. Muito obrigada, tia Cristina!


Eu nunca havia visto uma cigarra, então a desenhei de acordo com a palavra mais próxima no meu diminuto vocabulário infantil: cigarro. Pra mim tava bem certo. E só pra constar, eu a dessenhei com a canetinha mostarda, ou ocre, mas meu Paint tá em falta dessa cor e eu não tinha tempo pra personalizar uma.


Bom... Mais de uma década depois desse desenho, mudei-me para a capital do País e no segundo semestre, um belo dia, acordei com o barulho de uma panela de pressão no meu quarto. Aaah, oi! Eram as cigarras.
Se um dia você, que mora fora do quadradinho, telefonar a alguém que esteja aqui e ouvir uma sinfonia de panelas de pressão, acredite que seu amigo não está na cozinha. O barulho dos bichos é infernal. Mas vou falar baixo, que hoje elas estão comportadas - provavelmente por despeito pelo barulho das obras aqui no bloco. Pedreiros 01 x 00 Cigarras.

A propósito... Cê já viu uma cigarra?
Depois de ontem, quando uma entrou aqui no meu quarto pra me atazanar, feito a mosca moca, cheguei à conclusão de que elas sã descendentes diretos dos dinossauros.

E é bonita, viu? ¬¬

Mas o que me fez concluir isso foi a forma como ela anda. Pesada feito um centrossauro. [oi?]

A inseta entrou pela janela, e ficou aqui, achando que todo aquele barulho que as asas fazem seria bem vindo. Eu fui tratar do meu jantar e esperar que a bocó se retirasse daqui. Pois às 5 da matina ela me acorda, querendo sair. E fazendo aquele barulho monstruoso, além de andar com jeito de dragão malvado que comeu uma vila inteira. Pelo menos ela foi mais esperta que a supracitada mosca e se retirou sem que eu precisasse recorrer à violência, até porque não havia cafeína no meu organismo e ela é extremamente necessária no combate criativo a esses bichos.
Enquanto ela subia pela minha persiana, me lembrei de uma cigarra, mas essa um pouquinho mais tapada, que ficou presa num durex colado na janela e lá morreu. A Talita-ita bem que tentou mantê-la lá, mas eu fui salva pelo herói que chegou no cavalo branco a retirou (o pronome se refere à cigarra, e não à Talita, que dessa eu nunca precisei ser salva. Nem da cigarra, na verdade, já que tava morta, mas gosto do ato de heroísmo) da janela, pra desgosto da minha roomate.





E o que é que o post de hoje nos ensina?
Nada, como sempre.
E eu vou é trocar de roupa, que preciso trabalhar.
_Diga tchau, Lilica!
_Tchau, Lilica!

5 comentários:

talita disse...

eu adorava aquela cigarra morta no Durex, era intimidador para as outras cigarras, tenho certeza.
beijo, Mayra-ayra ^^

Tati disse...

Nunca presenciei assim uma sinfonia de cigarras, mas aqui tem muito vaga-lume e quando pequena eu e meus primos faziamos competição de quem tinha mais vaga-lumes dentro do pote de vidro. Dificil era colocar os vaga-lumes lá dentro! =D

Joyce Pfrimer disse...

eu me lembro bem das cigarras de brasília!!! gente!!! durma com um barulho daqueles!

Eu fiquei com medo dessa cigarra aí...

=P

Francis J. Leech disse...

ARGH! É um puta de um bichão imenso e desnecessário! Eu odeio insetos do fundo de minh'alma!

Paula disse...

Vc tem tendência cubista, sabia?
:P