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domingo, 10 de abril de 2011

da terceira parte

Pra entender: partes um e dois. 



No capítulo anterior [hahaha, virou blognovela, mesmo] Maria imaginou que a resposta dada por e-mail, seria suficiente para sossegar o rabo de Iago. Enganou-se redondamente. Ele retomou:

Maria,

Que bom que você deu muita risada dessa situação toda, do que eu escrevi principalmente, isso quer dizer que tudo que eu pensava não fazia sentido, não tinha nada a ver, fico feliz em saber e te peço que desconsidere pois pelo que vejo me equivoquei.

 Não era pra menos por que até agora pensava que era esse o motivo de ter me evitado, desligado o telefone na minha cara etc...

Olha se eu tentei contato com primeiro  você e por que te considero uma pessoa especial e diferente e sua amizade tem importancia em minha vida.

Carrego o sentimento de culpa e pelo que isso causou na Josi, na amizade dela com a Renata e o Samuel e todas as conseqüências disso.

Mas sugiro faço uma sugestão, pois eu ainda to aqui tentando entender aonde você quer chegar com essa historia de amigos em mesa de boteco, ou qual foi o dia em que houve algum tipo de comentário ou conversa que envolvesse seu nome.

Sugiro uma conversa mais direta e de adulto, pois depois de tantas palavras pra mim ainda não está claro o motivo de você estar agindo assim comigo.

Te agradeço.


Maria sentiu tamanha raiva desse final do e-mail, que quase atravessou os 200 kM que os separavam só para torcer-lhe o pescoço e enfiar um palitinho de bambu, que seria posteriormente molhado com água quente, debaixo de cada unha. Controlou-se, reparou na imbecilidade da pessoa, calculou que deveria ser mais clara e respondeu:


Não te dou a liberdade de me sugerir nada.
Você parece não ter entendido uma linha do que eu disse, então em palavras bem claras: Não tenho o menor interesse em conversa com você.


Claro o suficiente, não? Não.


Para com esse orgulho Maria, to te procurando numa boa, acho que no mínimo uma explicação.



A partir daí ela resolveu mais uma vez usar a arma que sabe manusear melhor: O silêncio. Até porque essa falta de pontuação e de regência verbo-nominal a irritava profundamente.
Numa noite meio estranha saiu com a Josi - várias noites era estranhas com ela e isso faz muito da graça da vida -, foram a uma convenção de tatuagem e rock [vejam que garotas radicais, meusa!], mas logo saíram de lá e resolveram "tomar uma caipirinha e voltar para casa". Sentaram-se numa pizzaria, bar e sei lá o que mais e pediram suas bebidinhas. Em algum momento repararam que um amigo de Iago estava numa mesa no bar do outro lado da rua. Sinal de que ele deveria estar por perto. Coisa de dezessete minutos e trinta e dois segundos depois ele apareceu e se sentou. Maria estava de costas e Josi narrava a situação com frases concisas e rápidas. "Ele sentou". "Ele me viu". "Ele tá atravessando a rua." "Ele tá vindo pra cá, que que eu faç--"
_Boa noite, meninas.

Maria não acreditou.
Mentira, ela quase apostou que ele a procuraria, enquanto todas as outras pessoas do mundo afirmavam que não, ele não teria essa coragem. Ele teve.

Iago: Posso me sentar com vocês?
Maria: Não!
Josi: --

Iago se sentou.
Maria disse à Josi que ela pagaria a conta e elas iriam embora, se levantou [jogando a cadeira de plástico no chão. Ela diz que foi sem querer, mas nunca saberemos] e nesse ínterim, ouviu o que se segue:
_Larga de ser infantil, Maria!

Maria, essa infantil, bebeu o que lhe restava no copo, bateu-o contra uma mesa e foi, muito ciente de si mesma [porque estava meio bêbada e é assim que faz: força um andar tão concentrado e reto, que em nenhuma outra situação parece tão dona de si. Ou pelo menos foi o que lhe disse um amigo muito confiável] em direção ao caixa. 
Enquanto ela ia, Iago perguntou a Josi o que Maria tinha. 
_Você não vai me dizer por que ela agora me trata assim?
_Olha, Iago, se ela quiser falar com você, ela fala.
_Vou atrás dela!
_Eu não iria...
Voltando ao restaurante, onde Maria pagava a conta...
Lá foi reconhecida como sobrinha do Rasputin pelo dono do estabelecimento, com quem travou agradável conversa até que Iago apareceu pegando em seu braço. Uma faceta interessante de Maria é sua relação com toque. Uma pessoa de quem ela gosta pode tocá-la, pegar no cabelo ou mesmo brincadeiras meio bobas sem ofendê-la. Se, no entanto, uma pessoa desconhecida ou desagradável lhe toca a mão, o repúdio é imediato. Foi o caso. Assim que Iago tocou seu braço, Maria praticamente latiu um NÃO! que fez João, o dono do restaurante ficar atento, afinal, era a sobrinha do amigo que tem nome russo.
Enquanto Maria pagava a conta, o chatolino estava na sua orelha:
Iago: Você não vai falar comigo?
Maria: João, cê me vê a conta, por favor? *sorrindo*
João: Na hora!
Iago: Eu fui tão infantil assim com você?
Maria: Foi. *com cara fechada*   Vou pagar com cartão, tá? *sorrindo*
** Atenção especial para a parte onde todo o sangue mexicano nas veias do rapaz se manifesta fortemente, utilizando um tom de voz só visto em novelas da Thallya **
Iago: Será que eu te magoei tanto, pra você estar tão ferida assim?
Maria bateu a mão na bancada, e disse num volume que chamou a atenção das 5 ou 6 pessoas mais próximas, incluindo-se um garçom que a atende no restaurante onde costuma almoçar:
_Iago, VAI TOMAR NO CU!
Assim, bem fina. 
Essa frase calhou com o fim do pagamento e ela se dirigiu à sua mesa, com Iago atrás, falando qualquer coisa que ela não fez a menor questão de ouvir. Ela não sabe até que ponto ele a seguiu, mas quando voltou para sua mesa, já estava sozinha. Olhou para Josi, riram um pouco e pediram outra bebida enquanto se divertiam vendo a cauda do pavão murchar de tal forma que, não fosse a babaquice, daria pena. 

Mais uma vez elas apostaram. Josi disse que ele nunca mais falaria com Maria. 
Maria tinha certeza que sim. 



*Continua *



10 comentários:

Orelha ® disse...

"Eitá! sujeito chato, eu daha na cara dum infeliz desses, uai!"

ASHUASHASUAHSUAHSAUSHAS

Nami disse...

meninaaa! sou sua fã.. ops, da maria! aliás, sua tb, né, afinal vc está criando uma história massa! hahaueheaiuoheai! continua aeee, estou curiosa com o desfecho :P

Tati disse...

Cheguei agora, mas 'garrei nos arquivos e li a blognovela desde o começo! Ai, que vontade de meter a mão na fuça desse Iago! Torço muito pra Maria, queria mesmo que ela pegasse o Iago pelo colarinho e mandasse um PRESTENÇÃO, explicando o por quê do silêncio dela. Aguardo ansiosa o próximo capítulo.

Anafla disse...

gente, continua? não tô acreditando.

a parte da cadeira e do vai tomar no cu eu faria igualquinem. tenho paciência não, viu.

:)

Alana Ávila disse...

adoooooreeeei o andar de maria, o tracar cadeira de maria, o 'vai tomar no cu' pro infeliz Iago. <33333333
ATOREI!
*-*

Giu disse...

Já estou aqui fazendo a pipoca enquanto espero a continuação.

Júlia disse...

MEU DEUS, QUERO MAIS, QUERO MAIS, CONTA TUDO! Viciei.

Unknown disse...

Mayra, que saudade de ler essas delicinhas que você escreve...
E agora tem essa blognovela [sera?]deixando todos curiosos... Maria é minha nova musa depois desse "VAI TOMAR NO CU" e Iago, putz, ô vontade de dar na cara desse homi, meldels! Rsrs
Enfim, bjos pra vc!! :)

Anônimo disse...

"Será que eu te magoei tanto, pra você estar tão ferida assim?" HAHAHAHAHAHAHAHAHHAAHHAHAHAA...

Muito coitado ele, vai dizer? Tô louca pra saber o resto, posta aí, siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim???? :D

[já disse hoje que sou tua fã? ;)]

Anônimo disse...

Não acredito que estava tão sumida a ponto de perder a novelinha.. Aff!

Virei fã de "Maria", que mulher espetacular.. sinto ela não ter feito Lago cair ainda mais do alto, ele se sentia demais.

Aguardo os próximos capítulos :D